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Ong Fio de Luz, inaugura banco de perucas no hospital Felício Rocho

Atualizado: 11 de mar. de 2022

Enquanto estava sentada em frente a um espelho na tarde desta terça-feira (26), a aposentada Maria Geralda da Silva....



Enquanto estava sentada em frente a um espelho na tarde desta terça-feira (26), a aposentada Maria Geralda da Silva, 66, esqueceu-se, por alguns instantes, da luta que trava contra um câncer de mama há cerca de oito meses. Em vez de se preocupar com as terapias, de efeitos colaterais agressivos, ela só tinha olhos para a peruca de cabelos negros e lisos que acabara de ganhar no setor de oncologia da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, no bairro Concórdia, na região Nordeste de Belo Horizonte. “Vai me dar mais força”, disse a idosa, que contou que sofre com a queda dos fios por causa das sessões de quimioterapia.Maria Geralda foi uma das primeiras mulheres beneficiadas por uma ação anunciada nesta terça-feira pelo hospital filantrópico, que se uniu à ONG Fio de Luz – instituição de Belo Horizonte que fabrica perucas e as doa a centros oncológicos – para transformar cabelos doados à unidade de saúde em acessórios capazes de devolver parte da autoestima às pacientes.Só nesta terça-feira, ao menos 12 mulheres foram contempladas pelo projeto. Mas, para que as cerca de mil mulheres atendidas mensalmente pelo hospital possam sentir a mesma emoção experimentada por Maria Geralda, a fundação, que atende exclusivamente pacientes do SUS, vai contar com a solidariedade da população. Na terça, o hospital inaugurou um ponto de coleta na unidade Concórdia para receber fios que serão transformados em perucas.A gerente de apoio assistencial da unidade Concórdia da fundação, Aline Teles, explicou que, até então, o hospital contava com apenas cem dos acessórios, que eram emprestados às pacientes. Mas, segundo ela, esse número estava longe de atender a demanda.Agora, a meta é conseguir material suficiente para presentear todas as pacientes em tratamento. “É de suma importância que a gente tenha a matéria-prima para fazer as perucas. Por isso, precisamos dessas doações”, destacou.‘Isso alivia um pouco nosso sofrimento’O semblante da dona de casa Luana Temponi, 32, mudou assim que ela experimentou pela primeira vez uma peruca. A paciente, em tratamento contra o câncer de mama, começou a perder os cabelos há quatro meses, o que mexeu com sua autoestima. Para ela, fazer um penteado, cortar ou tingir os fios novamente podem ajudar a amenizar o sofrimento causado pela doença. “Fiquei muito feliz”, resumiu a mulher, que estava na Fundação Hospitalar São Francisco de Assis nesta terça-feira, quando foi surpreendida pela doação de perucas.p> <p>Ter de volta cabelos para emoldurar o rosto também emocionou a diarista Vilma Ferreira, 38, primeira a ganhar uma peruca nesta terça. “Isso alivia um pouco nosso sofrimento, nos dá mais força”, comentou.“Entendemos que esse cuidado faz parte do tratamento. Percebemos que a atenção à autoestima faz muita diferença na vida das mulheres”, destacou a presidente da comissão de humanização do hospital, Graciele Spina.Doação de fios representa economia de R$ 700nAlento para quem sofre com os efeitos do tratamento do câncer, a doação das perucas também representa uma economia de cerca de R$ 700 para cada paciente da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, que não terá de arcar com qualquer custo pela confecção dos acessórios, produzidos por tecedeiras da Fio de Luz.A instituição, localizada no bairro Jardim Leblon, na região de Venda Nova, já doou cerca de 1.200 perucas e tem parceria com 22 centros oncológicos em Minas. O fundador da entidade, Edmilson Marques de Oliveira, reforça a importância das doações de fios. “Não adianta termos tecedeiras porque, se não tivermos cabelo, não temos perucas”, lembra ele ao fazer um apelo para que interessados em ajudar procurem o ponto de coleta do hospital.Saiba maisOnde doar?Os fios podem ser entregues na recepção da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, na rua Itapagipe, 780, no bairro Concórdia, em Belo Horizonte.Atenção. O cabelo doado deve medir ao menos 20 cm e precisa estar seco.Química Segundo a ONG Fio de Luz, não há problema em doar fios tingidos ou que já tenham sido quimicamente tratados.

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